Total de visualizações de página

WILLIAM MAXWELL





William Maxwell, ou Guilherme Maxwell como era mais conhecido pelos brasileiros, nasceu no dia 19 de dezembro de 1909  no bairro de Shettlestone, Glasgow, na Escócia. Filho de William e Jessie Maxwell, veio de uma família simples e foi o terceiro filho de cinco do casal. Juntamente com seus irmãos, cresceu frequentando as reuniões da igreja local em Shiloh Hall, Glasgow.
Converteu-se ao Senhor Jesus aos doze anos, depois de ouvir uma mensagem onde o pregador citou o versículo: “o meu Espírito não agirá para sempre no homem” (Gn. 6:3), e como era a terceira vez que Deus o convencia do pecado e da necessidade do arrependimento para a conversão, contou ele, sentiu naquela noite como se fosse o 'agora ou nunca' e se entregou ao Senhor Jesus como seu Salvador.
 Junto com outros jovens da igreja, fazia pregações ao ar livre no centro de Glasgow.
Em 1936, casou-se com uma amiga de infância, Leila Lymburner Crawford, que passou a assinar Leila Lymburner Maxwell. Leila nasceu em 23 de dezembro de 1909. Desejosa pelo serviço missionário, estudou enfermagem com o intuito de aplicar seu conhecimento na causa do Mestre. Sr. William nesta ocasião era vendedor e logo montaram sua casa.



Num dia, o casal firmou o propósito em dedicar-se integralmente à obra missionária, após Sr. William ouvir de uma irmã anciã que deveria ser mais atuante. Porém, não muito depois deste propósito firmado, Sr. William foi acometido de uma tuberculose, muito grave para a época, o que levou o casal a não saber o que fazer em relação ao chamado para a Obra. Por ocasião desta enfermidade, Sr. William passou alguns meses sendo tratado na fazenda da família Crawford que pertencia aos pais de sua esposa.
Após sua pronta recuperação o casal viu as portas se abrindo novamente. Tinham o desejo de servir a Deus na América do Sul, a princípio, após ouvirem um relatório missionário da Argentina, desejaram ir para lá, mas as portas não se abriram. Até que tomaram conhecimento do trabalho no interior de Minas Gerais, em Ituiutaba, através do Sr. John Murray que visitara o casal após ter que retornar do Brasil por ocasião de uma enfermidade. Nesta época, o casal também tomou conhecimento, através de relatórios, do trabalho do Sr. Edward Hollywell em São Paulo. Foram tocados, e tiveram grande apoio da igreja em Shiloh Hall.
No dia 25 de março de 1938 partiram da Central Station de Glasgow rumo a Londres, e de lá, no dia seguinte, em companhia dos missionários Alexander Simpson e Janet Penman Geates, embarcaram no navio Highland Monarch rumo ao Brasil. Ainda na estação de Glasgow, um grande número de irmãos e irmãs, com muita emoção, foram se despedir do casal. Desembarcaram em Santos no dia 12 de abril após passar por Recife e Salvador. Foram recebidos pelos irmãos Edward Hollywell e  Frederick Smith em São Paulo, e ali aprendendo a língua portuguesa.
Em agosto deste mesmo ano, passou três semanas em Uberaba com o irmão Richard D. Jones, visitando ainda outras cidades da região. Identificou-se com o trabalho ali e logo transferiu-se com sua esposa para Ituiutaba. Lá permaneceram até o dia 19 de setembro de 1939, quando o casal, com sua filhinha, Agnes, mudou para a casa que ele alugara em São Joaquim da Barra-SP.
Em São Joaquim da Barra decidiu abrir a porta de sua casa para reuniões semanais aos domingos, indo de porta em porta convidando os moradores do bairro. A primeira reunião foi no dia 06 de Outubro de 1939 com 15 visitantes e 22 crianças. Logo obteve oposição do líder religioso da cidade, que ordenou que os fiéis rasgassem os folhetos e parassem de frequentar as reuniões.
Em 1950, por ocasião do falecimento do Sr. Alexandre Simpson, com quem havia trabalhado muitas vezes, sentiu a necessidade de mudar-se então para Uberaba, devido  carência do trabalho do Senhor no Triângulo Mineiro. Muito pregou em Uberaba e cidades vizinhas,  visitando fazendas, muitas vezes na sua motocicleta.  Além das suas pregações e viagens, ele pregou também através da Rádio, tendo um programa semanal de 15 minutos.






Dona Leila partiu para o Senhor em 17 de dezembro de 1988, e o Sr. William, permaneceu firme em seu serviço, mesmo depois de idade avançada. O Senhor o chamou à Sua presença em 15 de agosto de 2005.




Da esquerda para a direita:  Bill Gillespie, Bill Wilson, Leonard NyeLuiz Soares
William Maxwell, Dominic Lipsi e Alan Bull

 

Alguns dados coletados por escritos de Ronald E. Wattterson

X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X

 

Relatos de oposição ao serviço do Evangelho

Durante os longos anos do seu serviço para Deus, este servo do Senhor teria de enfrentar muita oposição de várias formas. Mencionamos apenas alguns exemplos.
Em outubro de 1940, o Sr. Guilherme alugou um salão em Santana (hoje o nome desta cidade é Ipuã) para pregar o Evangelho ali. Houve pouco interesse, mas sempre havia algumas pessoas presentes para ouvir. O padre disse ao povo que os pregadores eram comunistas, e logo seriam presos!
Mais ou menos na mesma época, o Sr. Guilherme comprou um carro, um Ford 28, e assim podia ir mais longe. Foi levar o Evangelho para Campina Verde, e Dª Leila e sua filhinha foram também. Chegando em Campina Verde, a primeira coisa foi reservar um quarto na Pensão. Tendo feito isto, Dª Leila e a filhinha ficaram descansando enquanto o Sr. Guilherme saiu para distribuir folhetos. Logo Dª Leila ouviu os foguetes e ficou assistindo o “show” da janela da Pensão; nem imaginava que era por causa do seu marido. O padre estava fazendo isto para convocar o povo, e enquanto isto, um homem, de revolver em punho, seguia o recém-chegado recolhendo todos os folhetos que haviam sido distribuídos. O Delegado avisou o Sr. Guilherme que ele não tinha homens nem armas suficientes para garantir a sua vida, e o aconselhou a sair da cidade antes de escurecer, pois o padre tinha vários jagunços na cidade. Ele voltou à pensão para buscar a esposa e filha, e com dificuldade saíram da cidade, pois ninguém queria lhe vender gasolina. Na saída, também, tiveram de atravessar uma ponte e todos os alunos da escola foram liberados para irem até a ponte e insultar a família ao passar.
Em São Joaquim, também, além das reuniões em sua casa, ele pregava nas ruas e na praça. O padre, Frei Eugênio, ficava irritadíssimo, e espantava as crianças com seu guarda chuva e espalhava água benta pela rua; não queria que as crianças ouvissem as pregações.
Havia também oposição de outra natureza. Diversas denominações que professam ser evangélicas também criaram problemas, falando mal do Sr. Guilherme pessoalmente, ou tentando confundir os recém-convertidos para levá-los após si. O “pastor” de uma denominação evangélica tradicional em Guará visitou as pessoas que estavam assistindo as reuniões onde o Sr. Guilherme estava pregando, e disse que Guilherme logo terminaria como começou (isto é, sozinho), e tentava persuadir estas pessoas a abandonar as reuniões para seguir a denominação dele.

Ronaldo Watterson
Agnes Penna Maxwell
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário