Os iniciadores
deste movimento, eram jovens, a maioria ligada ao Trinity College, Dublin,
Irlanda. Buscavam encontrar uma forma em que pudessem reunir-se para adoração e
comunhão, desprezando as barreiras denominacionais, reunidos simplesmente como “irmãos
em Cristo”.
Como procuravam reunir-se nesta simplicidade, não pretendendo formar um grupo à parte, não usavam qualquer nome que os diferençasse dos grupos existentes. Não faziam ideia que começavam um movimento, e não tinham esta intenção, pois isto seria a negação do verdadeiro propósito pelo qual se reuniam. Por volta de 1825-1827, em várias cidades da Irlanda e da Inglaterra, foram se formando pequenos grupos de discípulos de Cristo para um estudo mais aprofundado das Escrituras. Eram crentes que pertenciam a denominações diversas.
Como procuravam reunir-se nesta simplicidade, não pretendendo formar um grupo à parte, não usavam qualquer nome que os diferençasse dos grupos existentes. Não faziam ideia que começavam um movimento, e não tinham esta intenção, pois isto seria a negação do verdadeiro propósito pelo qual se reuniam. Por volta de 1825-1827, em várias cidades da Irlanda e da Inglaterra, foram se formando pequenos grupos de discípulos de Cristo para um estudo mais aprofundado das Escrituras. Eram crentes que pertenciam a denominações diversas.
O
movimento se espalhou pelo Continente Europeu, na Inglaterra receberam o nome
de “irmãos de Plymouth” (Plymouth Brethrem), porque no início, formou-se uma
igreja local bem numerosa na cidade de Plymouth. Em outros lugares são chamados
de “darbistas” (Por causa de John Nelson Darby) para designar o grupo
exclusivista. No Brasil, em alguns lugares são conhecidos como “igreja cristã”, “irmãos
unidos” e até mesmo “casa de oração” por geralmente denominarem assim a casa
onde se reúnem.
Sobre este assunto, assim
escreveu o irmão Silas G. Filgueiras:
“A existência de muitos nomes
indica que nenhum satisfaz plenamente, porque nenhum preenche a finalidade e
alguns envolvem alguma inverdade. O desejo, porém, tem sido sempre o de se
reunirem como cristãos, remidos por Cristo, como uma expressão local da Igreja
de Cristo na terra, sem usar qualquer nome, ou outro distintivo, com o fito de
direfençá-los dos outros irmãos em Cristo. Esta é a razão de preferirem
tratarem-se uns aos outros como “irmãos” (com “i” minúsculo) por ser um nome
aplicável a todos os membros da Igreja de Cristo na terra, não podendo,
entretanto, ser apropriado por um grupo somente. A ideia de divisão em grupos e
o uso de nomes para se designarem é um mal que começou muito cedo na história
da Igreja, e que foi prontamente condenado por Paulo. (1 Co 1.11-13).
O uso de designações, tais como “irmãos”,
“igreja cristã” não escapa à acusação de ser impróprio, uma vez que toma para
um grupo, nomes que pertencem a todo o povo de Deus, embora, diga-se de
passagem, nomes como “presbiteriano”, “batista”, “assembleia de Deus”, etc. são
também passíveis da mesma acusação.
O importante não é pertencer a
este ou àquele grupo, porém, pela graça de Deus, ter um espírito
indenominacional, e ter a visão da comunhão universal, da única verdadeira
Igreja que é formada por “todos os que, em todo lugar, invocam o nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. (1 Co 1.2) “
No Brasil, o primeiro grupo a
reunir-se, foi em 1878, na cidade do Rio de Janeiro à rua da América, 4, formado
por membros oriundos da Igreja Fluminense, influenciados por Richard Holden,
então residente em Portugal, que fora co-pastor da igreja Fluminense quando
esteve no Brasil.
Mais tarde, em 1896, chega o primeiro missionário ao Brasil. Stuart Edmund Mc Nair. Atuando primeiro na cidade do Rio de Janeiro, depois Petrópolis, Sampaio, Del Castilho, Bemposta e Zona da Mata, região limítrofe entre os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, posteriormente fixando residência em Conceição de Carangola-MG.
Não se sabe ao certo quantas igrejas locais existem hoje no Brasil, porém estima-se mais 700 espalhadas por todas as regiões, sendo a região Sudeste com maior número.
Mais tarde, em 1896, chega o primeiro missionário ao Brasil. Stuart Edmund Mc Nair. Atuando primeiro na cidade do Rio de Janeiro, depois Petrópolis, Sampaio, Del Castilho, Bemposta e Zona da Mata, região limítrofe entre os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, posteriormente fixando residência em Conceição de Carangola-MG.
Não se sabe ao certo quantas igrejas locais existem hoje no Brasil, porém estima-se mais 700 espalhadas por todas as regiões, sendo a região Sudeste com maior número.
CONVICÇÕES E POSIÇÃO
DOS “IRMÃOS”
A) A
Igreja de Cristo é constituída de todos os que foram comprados com Seu sangue
(Atos 20.28) e Jesus orou para que todos fossem um (Jo 17.21), e assim sendo a
divisão em seitas, partidos e denominações é contrária à vontade de Deus (1 Cor 1.11-13).
O argumento de que as divisões estimulam os crentes a se esforçarem pela sua
denominação, produzindo emulação, e assim dão maior contribuição para o
progresso do Evangelho, é pensamento humano, esquecendo que a obra de Deus é
somente aquela feita pelo poder de Deus, dirigida pelo Espírito Santo.
B) Entendem
que no Novo Testamento não encontramos base para a divisão dos crentes em
ordenados (clero) e não ordenados (leigos), colocando assim, todos os crentes
no mesmo nível eclesiástico. Também não encontramos o ensino de que a execução
de certos atos (batismo, Ceia do Senhor, etc.) fica restrita aos ordenados, ou
a uma classe.
C) Impedem a promoção pessoal e condenam o culto da personalidade.
D) Consideram a distinção entre Israel e a Igreja de Cristo, que são ambos povo de Deus, porém tem bênçãos e privilégios próprios a cada um.
D) Consideram a distinção entre Israel e a Igreja de Cristo, que são ambos povo de Deus, porém tem bênçãos e privilégios próprios a cada um.
E) Suas igrejas locais são autônomas, mantendo somente relações de fraternidade cristã umas com as outras. O governo é exercido pela igreja reunida, e por unanimidade (1 Co 1.10; Rm 12.16). Compreendem
que é o Espírito Santo quem dirige as reuniões da igreja, e usa os instrumentos
que Ele escolhe como no citar hinos, orar, ler um texto das Escrituras, fazer o
comentário do mesmo, etc. Quanto ao ministério, na reunião da igreja, os “irmãos”
seguem o princípio da liberdade de ministério segundo os dons concedidos pelo
Espírito Santo, conforme I Cor 14.26-33, mas entendem que o ministério não
proveitoso deve ser evitado, ou não permitido.
F) Entendem
estes irmãos que na Bíblia se encontra todo o ensino sobre a Igreja, e só nela.
Não há outra fonte de informação. Quando não há um ensino claro a respeito de
determinado assunto, não deve ser estabelecida uma interpretação que terá de
ser aceita por todos.
Sinésio Barreto, Petrópolis-RJ
Bibliografia:
- Álbum de Reminiscências - Stuart E. McNair
- Mais Reminiscências - Stuart E. McNair
- "Os irmãos" - Silas G. Filgueiras
- Convicção e posição dos "irmãos"
- A History of the Brethren Movement - F. Roy Coad
Sinésio Barreto, Petrópolis-RJ
Bibliografia:
- Álbum de Reminiscências - Stuart E. McNair
- Mais Reminiscências - Stuart E. McNair
- "Os irmãos" - Silas G. Filgueiras
- Convicção e posição dos "irmãos"
- A History of the Brethren Movement - F. Roy Coad