Harold Henry
Cook, nasceu em Londres a 27 de março de 1878. Seus pais eram cristãos
evangélicos. Convertido a 18 de março de 1894, foi recebido na igreja e
batizado em 1897. Casou-se com R HODA
ALSFORD. Acompanhado da esposa e um filhinho de dois anos, chegou ao Brasil em
outubro de 1911, desembarcando em Salvador, Bahia, onde ficou cerca de um ano.
Mudou-se então para São Paulo onde serviu como pastor da Igreja Presbiteriana
do Brás. Cedido pelo presbitério de São Paulo, serviu, durante um ano (1921-22),
à Igreja Metodista do Brasil, atuando como conferencista. Ainda em 1922 vamos
encontra-lo no Paraná, pastoreando as igrejas Presbiterianas de Ponta Grossa (5
anos), Prudentópolis (3 anos) e Castro (2 anos).
O ano de 1933
representa o início de uma fase nova e diferente no seu ministério no Brasil.
Muda-se para o Rio de Janeiro e se transforma em “caixeiro-viajante” da Igreja
Presbiteriana do Brasil, a convite do Supremo Concílio. É o representante das
Causas Gerais, devendo dar especial atenção aos Dízimos das igrejas e a O
PURITANO, órgão oficial da IPB. De igreja em igreja, de congregação em
congregação, enfrentado dificuldades de toda a sorte, percorreu o Brasil
inteiro, visitando todos os Estados, do Acre ao Rio Grande do Sul. Realizou uma
imensa obra de integração da causa presbiteriana.
Surpresa
dolorosa lhe proporciona a partida da esposa para o céu, em 1934. Sabendo que
“todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”, lança-se ainda
mais decidido na missão que Deus lhe confiava e o encontramos, em 1942,
nomeado, pelo Supremo Concílio, Secretário Geral de Estatística, cargo que
exerceu com eficiência por vinte e quatro anos.
A Constituição
da IPB estabelece, para seus ministros, a aposentadoria compulsória ao
completarem eles os 70 anos. Sem que houvesse qualquer ideia de burla, talvez
por uma distração bem intencionada, especialmente porque ele nunca reclamou
coisa alguma, nosso venerado obreiro só foi aposentado em 1966, dezoito anos
além do tempo certo.
Manteve estreita
relação com missionários dentre “os irmãos” e constantemente, auxiliava as
igrejas locais e acampamentos com preciosos estudos bíblicos.
Missionários ingleses reunidos para um chá na casa de McNair em Teresópolis-RJ - 1957
Da Esquerda para a direita: Harold H. Cook, Sr. McNair, Leslie Evans, Edward P. Ellis, Miss Lavilla, James Cook, Miss Cook e D. Carlota.
O seu primeiro
livro, contendo uma seleção de estudos e artigos públicos de vinte e seis
jornais evangélicos do Brasil – COLHEITA DOS ANOS – foi publicado em 1959 e
reeditado em 1969.
Já o segundo
livro – O LIVRO DE MONÓCULUS – de acordo com o plano inicial do Rev. Cook,
seria publicado depois de sua morte. Em maio de 1969, escrevendo uma nota
autobiográfica, prometia ele: “Continua pregando e escrevendo, e assim espera
fazer até o fim”. Chegando aos 100 anos, lúcido, ativo, bem disposto, mudou de
plano e entendeu ser melhor manusear o volume do livro que nasceu de sua
experiência e de sua vida cristãs. Olhos miúdos, mas sempre lhe proporcionaram
excelente visão, agora, cansados, já não lhe permitem fazer tudo o que fazia.
Não se queixa. Apenas lamenta.
Quando, ao fim
do culto de ações de graças pelo seu centenário, alguém lhe perguntou se iria
aos 200 anos, ele respondeu, com humor: “Nos quadros estatísticos o índice de
morte é muito baixo após os 100 anos...” Graças a Deus! Graças a Deus por um
homem de espírito forte assim!
O Sr. Harold
Henry Cook partiu para o Senhor em 1979, aos 101 anos de idade.
Extraído de O
LIVRO DE MONÓCULUS.
W. J. Goldsmith e Harold H. Cook no IBAP - Fervedouro-MG
Harold H. Cook, D. Daisy e Leslie Evans
Imagens obtidas da Reportagem do Programa Fantástico da TV Globo que foi ao ar no dia 03 de Setembro de 1978, cuja matéria foi sobre a longevidade.
P. S. Os livros que aparecem no colo do Sr. Harold são: "Colheita dos Anos" e "O Livro de Monóculos" de sua própria autoria.
Eu era adolescente quando o Rev. Harold Henry Cook completava uns 95 anos, e numa homenagem a ele, na OMEBE (Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil), meu pai João Rodrigues (1933-2018), como secretário que era, foi intimado pelo Pr Isaías de Souza Maciel a orar por ele. Na oração meu pai disse: "Sr. Deus permita ao Rev Kook chegar aos 100 anos ". Quando terminou, de pronto o Kook disse : Pastor Rodrigues Nunca limite a vontade de Deus, pois muitos ultrapassam os cem anos! Ficou comprovado conforme acima "Quando, ao fim do culto de ações de graças pelo seu centenário, alguém lhe perguntou se iria aos 200 anos, ele respondeu, com humor: “ Nos quadros estatísticos o índice de morte é muito baixo após os 100 anos... ” Chegaremos e ultrapassaremos os 100 anos e com a fibra desse valoroso servo do Senhor?!
ResponderExcluirVovô Cook, como nós os chamávamos em casa, batizou minha mãe, em 1941 na IPB de Valença, e meu irmão caçula, na IPB de Americana em 1976. Era nosso amigo, gostava da maria mole que minha mãe fazia, e de 75 até sua morte, meu pai ajudava-lhe no sustento mensal com uma oferta fixa de um salário mínimo. Fez muito pelo Evangelho.
ResponderExcluirO reverendo Harold Cook é meu bisavô. Lembro muito bem dele nas visitas ao seu filho James, meu avô. Miss Cook chamava-se Helena, minha avó, uma carioca. Por ocasião do aniversário de 100 anos dele a rainha da Inglaterra enviou-lhe um telegrama, todo súdito inglês recebia ao completar 100 anos. Ele foi uma pessoa incrível, maravilhoso. Era um homem bom, inteligente, perspicaz e marcou minha vida. Saudades...
ResponderExcluirAlan, que alegria ver seu comentário! Convivi com seu bisavô. Era muito chegado a minha mãe, era amigo de meu avô rev. Mário Neves.
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