Alfred Louis Eglington nasceu no
dia 25 de outubro de 1904 em Bawdeswell, Norfolk, Inglaterra. Foi um dos onze filhos
de Samuel Sewell Pescod Eglington e Katherine Shreeve Eglington. Criado numa
família de agricultores cristãos, quando criança, por duas vezes esteve perto
da morte e ficou pensativo em sua condição diante de Deus, até que aos dez anos
de idade se rendeu a Cristo e uma grande mudança veio em sua vida.
Seu
pai não mediu esforços para que Alfred tivesse uma boa educação e o matriculou
numa escola particular em Norwich. Embora seu amor pela agricultura, Alfred
prosseguiu seus estudos até obter a colocação na escola de medicina do Royal
College of Physicians. A agricultura no pequeno vilarejo de Norfolk estava prosperando
e o rebanho leiteiro da família por dois anos seguidos foi premiado como o que
mais produzia na região. No entanto, o coração de Alfred Eglington pulsava
missões e, após a leitura de um livro sobre as viagens exploratórias de um
inglês em Loreto e nos Andes, ficou convencido de que o Senhor queria que ele
levasse as Boas Novas aos índios na região Amazônica.
Alfred
Eglington foi recomendado ao serviço missionário pela assembleia de Haymarket e
após um período de treinamento no Livingstone College of Medicine, no dia 23 de
julho de 1927, no porto de Liverpool, embarcou com seu irmão Eric Eglington no
navio Demerara com destino ao Brasil. Desembarcaram no Rio de Janeiro no dia 11
de agosto, onde permaneceram por alguns meses para adaptação. O plano inicial
de Alfred era atuar entre os índios na região amazônica e se instalar em
Iquitos no Peru, enquanto o de Eric seria ir para o Mato Grosso. Mas enquanto
estavam no Rio de Janeiro, Eric tomou ciência de que na região mato-grossense
onde pretendia trabalhar acabara de receber três missionários dos EUA, e assim,
Eric decidiu acompanhar seu irmão Alfred até Iquitos.
Em
1928 os irmãos partiram para o Peru. E logo no ano seguinte formou-se ali uma
aldeia em Pashaininte. Ali, tiveram ajuda da esposa de seu irmão Eric, Mary. A
visão missionária de Alfred era expandir o Evangelho por outras aldeias na
Amazônia, e cerca de seis anos depois, se estabeleceu em Masisca.
Alfred
Eglington tirou licença em 1945, chegando em Norwich na Inglaterra no dia 8 de
maio, dia em que foi declarada a paz com o fim da Segunda Guerra. Momento
precioso para a sua vida, onde o Senhor lhe proporcionou uma companheira para o
serviço, Ivy May Nockall, com quem se casou no dia 4 de outubro de 1945. Ivy
era secretária de um dos mais conceituados escritórios de advocacia de Norwich,
porém seu coração se voltava para o serviço missionário, e muitos em Norwich
diziam que ela não suportaria e, que antes de dois anos estaria de volta ao
Reino Unido, visto que ela acompanharia Alfred pelas matas na Amazônia, cuja
região ganhou o título, por muitos europeus, peruanos e brasileiros, de “Green
Hell” (Inferno verde), devido as regiões quase impenetráveis de mata verde. Mas
Ivy foi incansável no serviço e permaneceu firme.
No
dia 11 de novembro de 1946, o casal deixou a Inglaterra rumo a América do Sul, desembarcando
no Pará e em seguida subindo o Amazonas, chegando em Masisea no dia 4 de abril
de 1947. A igreja havia reservado três pequenos cômodos junto ao salão de
reuniões para que pudessem ficar ali. Os missionários tiveram dois filhos,
Evelyn e David.
Em 1956, os missionários se estabeleceram em Pucallpa. Ali, desenvolveram um grande trabalho médico homeopático. A igreja adquiriu pequenos lotes para o cultivo de mangas, frutas cítricas, bananas e outras plantas, para a distribuição nas aldeias, sob a supervisão do Sr. Eglington, e que hoje é o lar de muitas famílias, após a divisão dos terrenos em 1974.
Foram
longos anos trabalhando em aldeias pela Amazônia, por vezes, tendo como
companheiros os missionários Phillip Pent e Allan Smith. Enfrentaram viagens
cansativas em pequenas embarcações, febres, ausência dos filhos para estudarem
na Inglaterra, cirurgias e as mais diversas dificuldades, mas o Senhor sempre
esteve com o Sr. E Sra Eglington. Alfred Eglington já havia passado por uma
cirurgia aos 65 anos de idade, e aos 74 anos, foi à Inglaterra para uma
cirurgia no quadril, mas não foi necessário e voltou ao Peru para prosseguir
com sua missão. O casal só aposentou do serviço no final de 1982, quando Alfred
já estava com 78 anos de idade. Voltaram para a Inglaterra e congregaram com a
Assembleia em East Dereham, Norfolk.
Dona Ivy foi chamada à presença do Senhor em 8 de dezembro de 1988 e Alfred Louis Engligton em 18 de Janeiro de 1994.
Fantástico!
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