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ELSIE AINSWORTH

 


Elsie Ainsworth nasceu em 1 de fevereiro de 1894 na cidade de Burnley, Inglaterra. Filha de Benjamin e Miranda Ainsworth, foi criada num lar cristão e batizada em 1924. Ainda jovem, ardeu em seu coração o desejo por missões. Dedicou-se ao estudo da enfermagem, podendo assim, aplicar o conhecimento adquirido em benefício do serviço missionário.

Momento de emoção na vida de Elsie ocorreu no dia 09 de junho de 1928, no porto de Liverpool, ao despedir-se de sua família, quando embarcou no navio Desna com destino ao Brasil. Enfim, o tão sonhado trabalhado missionário estava prestes a ser iniciado em solo brasileiro. Nesta viagem, foram em companhia de D. Elsie o casal Albert e Doris Storrie que já atuava no Brasil com seus dois filhos, e a missionária Mary Ethel Halor. Os missionários desembarcaram no porto do Rio de Janeiro no dia 28 de junho de 1928.

A princípio, como parte da adaptação, D. Elsie se uniu ao casal Storrie no serviço em Conceição de Carangola, e posteriormente, a D. Carlota, em Barreiros, Itaperuna e também em Divisório, Muriaé, quando se mudaram para lá em 1930. Na congregação em Divisório, D. Elsie, Sr. McNair e Sr. Goldsmith realizavam, após a Escola Bíblica noturna, três ensaios semanais do coro misto a quatro vozes, constituído de trinta participantes. O repertório era exclusivamente o de Hinos e Cânticos, tendo o coro, como finalidade, ensinar a congregação a cantar e dirigir o canto congregacional.

D. Elsie em Barreiros, Itaperuna, 1929


Já adaptada ao Brasil, D. Elsie vai para Córrego Fundo, no interior de Minas Gerais, onde foi construída uma casa para ela próxima à Casa de Oração. 

O ano de 1934 é marcado por um feliz acontecimento em que, numa de suas frequentes idas à Inglaterra, traz consigo ao Brasil, sua irmã Ivy Ainsworth, que foi também missionária, e que a partir dali seria sua companheira por muitos anos no país.

Ivy (à esquerda) e Elsie na porta de sua casa, em Córrego Fundo, 1934


Uma das primeiras iniciativas das missionárias foi, a partir de um acordo com os irmãos, abrir uma escola de alfabetização para atender todas as pessoas interessadas, independente da idade ou da religião. A escola funcionava nas dependências da própria igreja e as missionárias assumiam todos os custos com materiais e organização envolvidos nesse empreendimento. Em termos de organização pedagógica, como parte da estratégia, realizavam cultos (histórias bíblicas e cânticos), todas as quartas-feiras, dentro da carga horária. Dessa forma, evangelizavam os alunos e muitas pessoas foram sendo alcançadas!

 As irmãs faziam longas jornadas, a cavalo e a pé, e visitavam as casas da região para evangelizar. Além disso, o serviço consistia no atendimento médico aos enfermos através do tratamento homeopático, visto que na região rural, à época, não possuía postos ou clínicas por perto. Também atuavam no sentido de ensinar as pessoas a respeito de aspectos básicos do cotidiano que envolviam noções de higiene e orientação profissional.

D. Elsie (à direita) e D. Ivy com seus cavalos em Córrego Fundo.


Nas horas vagas, as irmãs Ainsworth, ensinavam natação as mulheres em um poço na região, e nas férias escolares, costumavam ajudar o Sr. William Anglin a levar as crianças para conhecerem o mar em Marataízes-ES.

Poço onde as missionárias ensinavam as mulheres a nadar.

D. Elsie (à esquerda) e D. Ivy, na praia de Marataízes-ES, em ajuda ao Sr. W. Anglin, levando as crianças para conhecerem o mar. 



            Por volta do ano de 1952 os irmãos de Córrego Fundo planejaram a construção de uma Casa de Oração na cidade de Conselheiro Lafaiete-MG, no terreno onde os irmãos dali já se reuniam na antiga Casa Evangélica, da qual, passou a ser residência das irmãs Ainsworth quando a Casa de Oração foi concluída. 

Em 1956, após 22 anos ajudando sua irmã no Brasil, D. Ivy voltou para a Inglaterra a fim de cuidar da mãe já idosa, e D. Elsie permaneceu no Brasil.

Outra característica do trabalho de D. Elsie foi a de fabricar agulhas para tricô feitas com bambu e distribuir entre as mulheres. Só numa ocasião, no ano de 1959, foram distribuídas cerca de 200 agulhas em Conceição de Carangola.

D. Elsie Ainsworth foi chamada à presença do Senhor no dia 23 de março de 1973, aos 79 anos de idade, no Hospital Evangélico, e foi sepultada em Córrego Fundo.

Lápide de mármore em Córrego Fundo


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Elsie Ainsworth


A partir da esquerda: José Vieira, Madalena, D. Ivy, D. Elsie, W. Anglin, W. Arthur Wood e os filhos do casal José Vieira e Madalena.



D. Elsie (à direita) e D. Ivy numa visita à Inglaterra.



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