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PHILIP EDWARD TATE

 


                Philip Edward Tate nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 21 de março de 1906. Filho de George Tate e Lilian Pridham Tate, foi criado num lar cristão, onde desde cedo, seus pais ensinaram-lhe os caminhos do Senhor, resultando em sua conversão aos 9 anos de idade através das cruzadas evangelísticas do Sr. Ashuell.

                De alguma forma o Senhor despertou o coração de Philip no serviço missionário, do qual procurou se preparar para ser usado por Ele. Com muita convicção de seu chamado e disposição no preparo, estudou francês e Latim. No entanto, o serviço entre os índios no Norte do Brasil chamava-lhe atenção. Os irmãos da assembleia da rua Hatfield em St. Albans, onde Phillip Tate era membro, estavam bem satisfeitos quanto ao seu chamado e prontos para dar a recomendação, entretanto a assembleia ainda não estaria em condições de mantê-lo. Philip era muito enérgico no trabalho e fez de tudo para se preparar para o trabalho no Brasil. Ele começou a estudar a língua portuguesa, mas a grande dificuldade seria os diversos dialetos das aldeias, onde só poderia aprender por lá. Simultaneamente, adquiriu conhecimentos de enfermagem através de remédios homeopáticos que seriam úteis no seu futuro serviço.

                Foram exatos trinta dias que antecederam seu aniversário de 22 anos de idade, no dia 21 de fevereiro de 1928, que Phillip Tate embarcou rumo ao Brasil, onde se juntaria no serviço com Harold Frederick Wildish. Ele desembarcou no porto do Pará e se dirigiu imediatamente com destino a Manaus, chegando na capital do Amazonas no dia do seu aniversário, 21 de março.

                Ao lado do Sr. Wildish, pode percorrer por embarcações a região Norte do país, atingindo cidades desde o Estado do Acre, Amazonas e Pará.

“O Sr. Wildish e eu partimos com o Sr. Beckett em seu barco, juntamente com três colportores brasileiros, por uma viagem ao território do Acre, 1.500 milhas interior adentro. No primeiro dia, cobrimos cinquenta milhas acima do rio Solimões, que é o tronco principal do Amazonas acima de Manaus, e chegamos a pequena cidade de Manacapuru. Dois dias depois chegamos à foz do rio Purus, pelo qual deveríamos viajar apenas 1300 milhas. Lá não há cidades de qualquer tamanho neste trecho, e as margens são as mesmas florestas densas com isoladas cabanas dos seringueiros. Passando pelos pequenos povoados de Canutama e Lábrea, chegamos à foz do rio Acre em meados de maio. Lá deixamos o rio Purus e depois de quatro dias chegamos a Rio Branco, capital do Acre. É notável encontrar um lugar desta descrição bem no coração da floresta virgem, 1.500 milhas distante de Manaus. Tem cerca de 4000 habitantes e é bastante moderno, sendo também a sede do governo municipal e um posto militar. Nossos colportores tiveram uma recepção maravilhosa, e a maioria das pessoas, desde o governador até o cidadão mais simples, recebeu as Escrituras com alegria. Até o presente, nenhum indivíduo ou missão tentou trabalhar aqui. Continuamos outra jornada de quatro dias para cima para Xapury, uma cidade semelhante, porém menor, tendo entre duas e três mil pessoas vivendo ali. Novamente, muitas cópias das Escrituras foram entregues. A partir desse ponto, o verdadeiro trabalho da viagem começou. Navegando lentamente rio abaixo, visitamos todos as casa nas margens, saindo em pequenas canoas e retornando ao meio-dia e a noite. Já de volta no barco, infelizmente, um acidente se abateu sobre nós. O rio era muito perigoso através de bancos de areia submersos e troncos de árvores, as águas em níveis mais baixos nesta época do ano, e uma tarde, o barco colidiu num grande tronco avariando parte do casco de madeira. Tivemos que ficar por mais de uma semana acampados no coração da floresta! Algumas caixas de Bíblias foram danificadas pela água, mas o Senhor nos guardou!”

Colportor Tibúrcio com um soldado convertido ao Senhor em Manaus.

Em 1930, foi fundamental no auxílio ao Sr. Allan Smith diante das autoridades brasileiras na chegada do barco “Isola Bella”, para que tudo transcorresse bem com as documentações e a grande operação em Manaus para arriar o barco que chegou içado em um cargueiro. No início de 1931, Sr. Philip Tate pretendia estender seu trabalho entre os índios na Venezuela, porém, as autoridades não o deixaram entrar no país. Tal impedimento estava ocorrendo com outros missionários por lá. Dessa forma, enquanto aguardava um direcionamento, prestou ajuda temporária na Guiana. Até que em 1932, voltou para a Inglaterra, onde se casou com Una Mary Durrant, que passou a assinar Uma Mary Tate. O casal veio para o Brasil no final daquele ano.

Una Mary Tate

No período de adaptação de sua esposa, que também nutria a visão missionária, Sr. Tate se estabeleceu temporariamente em Manaus trabalhando pela Sociedade Bíblica na cidade. Ali, D. Una promovia reunião entre as mulheres e Sr. Tate prosseguiu evangelizando. De forma que o casal estendeu seu trabalho até Porto Velho e Estado do Pará. Muitas pessoas se decidiram a Cristo. Em 1933, o casal Tate se mudou para a Bolívia, onde foram trabalhar com os índios.

 

Sr. Tate com uma típica família na Amazônia. 

                Em 1938, Sr. Phillip Tate se muda para o Paraguai, no mesmo foco nas aldeias. Com o passar do tempo, foi adquirindo uma vasta experiência na região de forma a encorajar e treinar novos missionários. A partir de 1949, juntamente com o Sr. Gordon Airth, que adquiriu experiências em embarcações com o Sr. Allan Smith, construíram uma nova embarcação, “El Mensajero”, que começou a operar em 1951. O casal Tate teve dois filhos, Ashely e Hilary e permaneceu firme no serviço missionário até 1972, quando Sr. Tate já estava com 66 anos de idade. A família se mudou para o Canadá onde D. Una veio a falecer no dia 15 de março de 1988 e Philip Tate no dia 19 de janeiro de 1993, aos 86 anos de idade.

"El Mesajero" em construção no Paraguai.


Sr. Tate na assembleia na cidade de Pilar, no Paraguai.

Jazigo em Ontário, no Canadá.





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